quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Duas coisas motivadas por um novo site: o espaço como um serviço e a descoberta completa da biblioteca



Cativado por um tweet eu visitei o lindo novo site da biblioteca de Stanford. Só passei alguns minutos lá, mas fui imediata e fortemente atingido por duas coisas. Cada uma faz tanto sentido que eu imagino que vão se tornar rotina.
A primeira era a evidenciação do espaço da biblioteca como um serviço. A segunda foi o que eu poderia chamar de descoberta completa da biblioteca, a possibilidade de buscar a capacidade total da biblioteca, não apenas as coleções, com uma única pesquisa.
Espaço da biblioteca como um serviço
Uma mudança está em curso no ambiente das bibliotecas, de ser configurado em torno de coleções para ser configurado em torno de aprendizagem, pesquisa e comportamentos sociais relacionados. Deste modo, o espaço é um aspecto importante de como uma biblioteca de relaciona com os seus usuários; é um serviço por si só, não apenas uma parte da infra-estrutura para gerir coleções.
Isto é reconhecido observando que dois dos elementos na esperta barra de navegação central são sobre o espaço: horários de funcionamento da biblioteca e locais para estudar.
Se você olhar para horário de funcionamento [Library hours], diz-lhe quais bibliotecas da rede estão abertas agora, no exato momento em que você realiza a consulta. Não é apenas uma lista estática de horários e locais.
Se você olhar para a guia dos lugares para estudar [Places to study] o quadro se abre para que você possa filtrar de acordo com sua exigência – para estudo individual, para o silêncio, para estudo em grupo, para bibliotecas setoriais específicas, e assim por diante.
De “coleção completa” para “descoberta completa da biblioteca”
Houve um grande foco em serviços de busca integrada nos últimos anos, com o modelo de catálogo central baseado em nuvem se tornando o padrão. O objetivo era “descoberta completa da coleção” entregue em uma única caixa de busca [como o google].
Estamos vendo agora uma extensão desta ambição de cobrir a “descoberta total” da biblioteca, onde serviços, perfis dos funcionários e seus conhecimentos, ou outros aspectos da prestação de serviço são detectáveis ao mesmo tempo e no mesmo ambiente da pesquisa sobre as coleções.
Eu escrevi antes sobre o site da Universidade de Michigan, que é um bom exemplo. Ele funciona bem para projetar a biblioteca na web como um serviço unificado. Uma parte central disso é a pesquisa integrada sobre coleções, o website da biblioteca, LibGuides e perfis de funcionários da biblioteca. A apresentação de bibliotecários especialistas em assuntos relevantes que correspondam à consulta no painel de resultados em separado é particularmente interessante. E está alinhado com a minha opinião de que se bibliotecas desejam ser vistas como especializadas, então seus especialistas deve estar visíveis.
O site de Stanford oferece uma guia para “Pesquise tudo”, com este slogan chamativo: “Não sabe por onde começar? Tente isso”. O que eu gosto é que os exemplos de busca mostrados enfatizam o aspecto “biblioteca completa” do que está em oferta aqui: eles estão deliberadamente lançando isto em um nível mais amplo do que os livros e artigos. As pesquisas de exemplo são “renovar livros, dissertações, estudos feministas, WorldCat”: eles tem relação com as perguntas que as pessoas podem fazer quando vêm para a página da biblioteca, não só sobre os itens que poderiam encontrar na coleção.
Agora, na prática alguns resultados funcionam melhor do que outros, mas o princípio geral é bom e você pode ver como ele melhora ao longo do tempo. Em uma descrição do blog de ​​acompanhamento, Chris Bourg repete “estudos feministas” como um exemplo. Observe no lado direito os links para os perfis pessoais dos bibliotecários [Library Website], retornados na pesquisa do site da biblioteca.
Com as bibliotecas movendo nessa direção, várias tendências são aparentes. Uma delas é o uso de Drupal, Blacklight e outros “recipientes” de quadros para oferecer serviços unificados. A segunda é um repensar na forma como os serviços, perfis de funcionários e suas competências, e outras atividades da bibliotecas são representadas e indexadas. O aumento do uso de guias de recursos – Libguides – é um aspecto disso, em particular quando são usados ​​como uma estrutura simples de gerenciamento de conteúdo para diversos tipos de informações sobre a biblioteca, e não apenas para listas de recursos de informação. Outra é o estilo de resultado da “caixa Bento“, não só pelo fato de ser difícil ou confuso para classificar os resultados em diferentes tipos de recursos, mas uma apresentação tabular como esta poder fazer mais sentido para os usuários.
Para mais informações sobre as decisões de design da Universidade de Stanford veja o blog de Chris Bourg.

Nenhum comentário:

Postar um comentário